A legging não morreu!

Quando, há alguns anos, a legging, aquela calça justa na perna, peça do duvidoso guarda-roupa dos anos 80, ensaiou seu retorno muita gente torceu o nariz. Pois entra temporada, sai temporada, seja inverno ou verão, ela está aí firme, forte e... preta. O desfile da Iódice, que abriu o terceiro dia do São Paulo Fashion Week (terça-feira), no Shopping Iguatemi, trouxe o bom e velho fusô preto emborrachado em praticamente todos os looks.

Ele deu a base para vestidinhos em jérsei, com muitos brilhos, plumas e bijuterias agigantadas feitas de sementes da Amazônia, como o tucumã, em parceria com a designer Francesca Diana Romana. A mistura do rústico com a sofisticação, aliás, foi a marca do desfile, que apresentou um conjunto usável para as estações do frio. Destaque para as peças cortadas à laser que ganham um aspecto de renda. Diferentemente da maioria das outras grifes que já passaram por essa edição, a marca de Waldemar Iódice conteve a silhueta, deixando o excesso para o brilho e a plumagem, duas tendências ventiladas nos desfiles internacionais.

Materiais como couro de jacaré e couro de pescada amarela misturaram-se a metais dourados em peças com referência indígena e militar. No mais, bons trench-coats de lã, com ombros levemente marcados e vestidos de noite em crepe com a indefectível mistura do preto e do branco devem fazer da coleção sucesso comercial nas lojas.

A Redley, marca de roupas de surfe, adicionou o lifestyle dos ciclistas às suas criações em um desfile que reforça o espírito de um evento que tem como tema as Olimpíadas de 2016. O preto, como em boa parte das grifes, predomina em sobretudos, jaquetas e calças em que design e materiais esportivos (neoprene, por exemplo) dão ares modernos à alfaiataria. As garotas também desfilaram roupas não tão criativas: vestidos curtos, ajustados ao corpo foram o carro-chefe, com destaque para as belas e confortáveis botas pretas sem salto.

Roupa sem estação

Muita gente pede meus conselhos na hora de ir às compras. Sempre falo sobre as peças coringa, aquelas que podemos usar em diversas ocasiões seja no trabalho, no happy hour ou no final de semana.
Agora falo sobre as roupas sem estação, com as quais você pode compor looks tanto no verão quanto no inverno. As peças que eu intitulei de bi-wolt salvam curitibanos que vivem em uma cidade onde faz as quatro estações do ano em um só dia.
A inteligência para vestir-se transparece no look. O vestido de alcinhas foi transformado em visual outono ao ser sobreposto com uma blusa de manga comprida e meias calcas. Esfriou ainda mais? Coloca um sobretudo vermelho para contrastar com os tons cinzas. Esquentou? Guarde a meia grossa dentro da bolsa e continue linda seu dia. É meu gatilho de salvação. Já fiz isso diversas vezes na vida!

O visual masculino (foto) também é versátil. A camisa pode ser sutilmente aberta em casos de elevação da temperatura e ganhar uma regata sequinha por baixo. Se esfriar, um cachecol colorido pode ser adicionado. O arremate fica por conta do casaco que pode variar entre um cardigan, uma jaqueta bomber, um blazer ou um casaco mais pesado. Cool.
Depois, eu mostro a realidade em um exemplo inverso. Ela, linda, em uma produção alto verão pode se transportar para o inverno em alguns minutos. Basta colocar uma blusa de lã por baixo, adicionar uma meia calca e substituir o colete por um casaco. As sandálias podem continuar na produção ( com meias mesmo! É super trendy!!!!!) ou ser trocada por uma bota. Com isso em mente seus investimentos em roupas mais caras e elaboradas vão valer a pena!